Almas atrasadas apóiam o Aborto

 

A grande maioria das pessoas acredita em Deus e crê que este mesmo Deus é perfeito. Acreditam que Deus é perfeito ao mesmo tempo em que acreditam que não possuem uma vida perfeita e que é possível que um Deus perfeito tenha criado uma existência imperfeita. Parece difícil de acreditar, mas as pessoas realmente acham possível que uma ação X resulte em uma reação Y e não em uma X. Acreditam que Deus criou todas as coisas mas por acreditarem que Deus, o mesmo que disseram acreditar ser perfeito, possa ter criado uma vida imperfeita dividem suas vidas em coisas boas / coisas ruins e vida perfeita / vida imperfeita. A vida perfeita é a vida sem problemas, com saúde, próspera, cheia de felicidades e facilidades. A vida com desafios, empecilhos e problemas consideram “imperfeita” e desta vida tentam fugir. Para isto dedicam suas vidas a estudos e trabalhos para obter dinheiro que resolva estes problemas e assim ter a vida perfeita que tanto almejam. Oram para que Deus mude as situações “imperfeitas” e lhes dê a vida fácil que querem. Oram para que Deus mude aquilo que Ele mesmo lhes enviou ao invés de pedirem para mudar em si mesmos o modo como recebem e interpretam aquilo que lhes foi enviado. Naturalmente que estas orações não são atendidas.

Através desta conjectura de vida em “perfeita” / “imperfeita” as pessoas acabam buscando sempre a vida sem problemas. Surge a fé no dinheiro. Colocam toda a sua vida em estudos e trabalhos achando que o dinheiro lhes dará segurança, estabilidade e consequentemente uma vida fácil. Aí surgem os problemas que o dinheiro não pode resolver; os acidentes, as doenças e tantas outras coisas que a todo momento mostram ao homem que não existe vida estável pois a lei da vida é a mudança. A mudança é estabilidade e a estabilidade é mudança. Quanto mais as pessoas tentam estabilizar as suas vidas mais coisas lhes aparecem para ter que resolver. O pobre ou o rico, branco ou negro, jovem ou idoso, homem ou mulher, todos têm problemas para resolver e estes fazem parte de um propósito de Deus para cada um pois tudo vem de Deus. A consciência evolui através da vida e é através dos desafios que ela aprende. Os problemas não existem para serem vividos e cultivados mas para serem superados e enquanto não forem superados continuarão ali, como fantasmas assombrando cada um e como demônios que não sendo exorcizados continuarão na vida de cada pessoa até que faça o que tem que ser feito e até que cada um adquira a sabedoria necessária à lição pela experiência e isso seja impregnado em sua consciência para que possa então viver um novo desafio para adquirir uma nova sabedoria.

Não se atendo às ordinárias opiniões de quem defende o aborto, acima de tudo o princípio que norteia a interrupção da vida pelo aborto é a desistência, a covardia de não encarar o problema, pois é assim que consideram a vida do nascituro: um “problema”. Consideram como problema a reação de suas próprias ações; pois nada vem do nada e a vida foi gerada pela ação de um casal e que deve assumir e se responsabilizar por estes efeitos. Os que defendem o aborto o consideram como uma prova de “evolução” onde a mulher dispor do próprio corpo demonstra uma nova consciência social, entretanto, o aborto, longe de ser uma evolução, é muito mais uma prova do atraso de cada consciência do que de progresso. A evolução não vem pela fuga de um problema mas por enfrentá-lo e superá-lo. A evolução não é se acovardar diante do problema mas agigantar-se e encorajar-se para encará-lo e vencê-lo. Uma nova consciência para a humanidade não é  fugir dos problemas que ela mesma criou, mas encará-los para superá-los e assim transcender à uma nova realidade. O tempo não é responsável por salvar o homem de si mesmo. O tempo não irá consertar o que o homem desarrumou e é ao homem que será dada a responsabilidade de harmonizar o que desarmonizou. Leve o tempo que for e custe o que custar o homem sempre terá que responder pelos seus atos. Não adianta tentar fugir.

Se o casal não tem condições de criar o filho que crie estas condições, que dê um jeito, que se supere, isto também é evolução: ser e se tornar alguém melhor. Se os pais não se amam, que desenvolvam amor e aprendam a amar o filho e que criem em si o amor incondicional de conseguir amá-lo sem exigir para isso o amor do outro pai. Se um dos pais não ama a criança que o outro ame por ele. Ninguém tem o fardo maior que pode suportar e se uma criança surgiu na vida de uma pessoa é porque existe um porquê. Querer uma vida fácil e fugir de enfrentar estes problemas financeiros e emocionais ao ponto de resolver sacrificar uma vida esperando que com isso não tenha que se preocupar com o “problema” é absoluta ignorância de como as coisas funcionam no plano cósmico. Tudo vem de Deus, seja aquilo que consideram “bom” ou “ruim” e o que consideram “ruim” é somente pela incapacidade de perceber além do que os olhos podem enxergar. A pessoa que tenta eliminar o “problema” através do aborto não está se “livrando” da situação pois o que ela tinha para aprender, desenvolver e evoluir com o nascimento desta criança continuará ali e uma hora ou outra ela terá que enfrentar isso. A responsabilidade da ação que a pessoa não assumiu ela terá que assumir. Não existe decadência ou prescrição de aprendizado espiritual. O aborto é fuga e não existe fuga no plano cósmico.

As pessoas que são contra o aborto de forma alguma devem se voltar contra as que são a favor mas sim desenvolver a tolerância com estas pessoas que sendo ignorantes nas questões mínimas da espiritualidade acham que podem resolver o problema eliminando-o. Os que são contra o aborto não devem ter ou mover qualquer sentimento e força negativa contra quem apóia mas sendo conscientes de uma realidade maior, sabendo que tudo é conectado e nada é por acaso, devem compreender que as pessoas que apóiam o aborto são pessoas como nós mas mais atrasadas em consciência e que ainda não conseguem visualizar a situação de uma forma menos material e temporária. Devem saber que os que apóiam o aborto não sabem que um Deus perfeito tem uma criação perfeita, que tudo vem deste Deus perfeito e toda situação que vem ao homem é perfeita e apenas vista como imperfeita pela ignorância e cegueira das pessoas que acabam considerando tudo aquilo que não lhes dê uma vida fácil como um problema. Os que são contra o aborto devem ter consciência que estão ajudando tanto a criança como os pais desta a terem a vivência e experiência que precisam e que assim como tem amor à vida da criança a nascer devem ter amor às almas que atrasadas em consciência apóiam o aborto e portanto devem ter o mesmo tipo de amor e esforço em tentar ajudá-las para que tenham o desenvolvimento de uma nova consciência, uma consciência de responsabilidade e de transformação de si mesmos.

 

14 comentários sobre “Almas atrasadas apóiam o Aborto

  1. Raynara disse:

    Muito harmônicas tuas palavras.
    A introdução do teu texto é genial.
    Antes de tu começares a falar do aborto,
    aprecio cada palavra.
    Não obstante, achei contraditório de tua parte,
    uma pessoa que aparentemente tem a cabeça aberta e respeito por opiniões digergentes as tuas classificar as pessoas que são contra o aborto como ‘almas atrasadas’.
    Será que a tua concepção de ‘a partir de quando que se inicia uma vida’ é a mais ‘certa’?
    Será que realmente existe uma resposta ‘certa’ de ‘quando uma vida nasce?’ Não é por menos que é um assunto polêmico.
    Eu entendo completamente os motivos de uma pessoa ser contra o aborto. No entanto, este texto remete ao aborto em si ou a legalização deste? Sinceramente, para mim não ficou claro, embora eu acredite que a legalizaçaõ esteja implícita.
    O teu argumento cerne corrobora o desafio. A luta perante os desafios que apresentam no caminho (corrija-me se eu estiver enganada,por favor) Muito lindo tudo isso, mesmo.
    Contudo, a partir do momento que obrigas uma pessoa a agir de determinado modo, tu és contra o livre arbítrio dela. E isto não é retroceder também? E a liberdade da escolha das pessoas (sendo elas ‘boas’ ou ‘más’ ‘corajosas’ ou ‘covardes’ como fica?
    Se as pessoas tem a possibilidade de escolhas, que as pessoas as tenha.
    (Não quero deixar implícito aqui em momento algum que sou contra leis, ética ou afins. Apenas que em relação a este caso, como está em cogitação, abre-se um vasto espaço para a liberdade de escolha das mães)
    Como tu mesmo falaste, o problema continuará lá.
    Estará oculto, camuflado sobre uma superfície confortadora, mas ainda estará lá. Se um casal não está preparado para ter um filho, não é uma lei que solucionará o estado psicológico deles, eles podem até se moldarem ao problema (como tu mesmo falaste) e capaz até de aprender a mar o filho e blablabla, não tiro tua razão em relação a este pensamento.
    Contudo, como eu disse antes, eu prezervo o poder da escolha de cada um. É complicado intervir na vida de outrém.
    Ok.
    Minha crítica construtiva ficou um mini texto.
    DIsfarça.

    Um abraço Sr ‘Rudy’ que desconheço o nome.
    Tenha uma boa ‘semana’.
    ;*

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  2. Julio disse:

    Rudy, olha, esse é um assunto bem delicado…

    E acho um tanto contraditório uma pessoa que parece ser tão esclarecida como você julgar que quem apóia o aborto é atrasado, ou que todos os atrasados apoiam o aborto. Generalizar é muito feio, além de ser um erro gravíssimo.

    Eu acho o seguinte: cada um sabe onde seu calo aperta.

    Cada um sabe o quanto aguenta da vida, o quanto suporta de sofrimento e o tamanho da dor que carrega.

    SOU CONTRA o aborto em casos de irresponsabilidade. Acho que o inconsequente deve assumir suas burradas.

    Mas em casos de ESTUPRO sou a favor sim. A maioria dos religiosos, místicos e espiritualistas adoram dizer que abortar é estar contra a vontade de Deus. Será então da vontade de Deus que uma criança ou mulher de família seja estuprada por um marginal sujo e doente? E que ainda engravide?

    Só acho que se isso ocorre, a decisão deve ser da mulher, e não de quem está de fora dando palpite. Não é quem está de fora que vai carregar 9 meses, que vai passar pela dor do parto, que vai carregar o fruto da violência por toda a vida…

    E o pior: Não há nada de errado que a mulher tenha feito para que tenha sido estuprada e engravidasse (a não ser quando espiritualistas jogam a culpa para o carma, transformando SEMPRE a vítima em réu).

    Acho que o Carma como é colocado nas doutrinas está de forma exagerada. Se fosse realmente assim, sempre por merecimento, os MAUS não passariam de instrumento divino, e não precisariam ser “castigados”.

    Resumindo: Acho que julgar é um erro tão grave quanto o da maioria das “almas atrasadas”.

    Espero receber alguma resposta…obrigado pelo espaço e parabéns pelas matérias.

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  3. Fabíola disse:

    Parabéns Rudy,

    Mas gostaria de acrescentar que assim como os pais que decidem pelo aborto não têm consciência maior do mal que estão fazendo para si espiritualmente falando, mas também dos profissionais de saúde que realizam esses crimes em troca de dinheiro…
    No livro “Nosso Lar” pelo espírito de André Luís e psicografado por Chico Xavier, há uma passagem em que um espírito tenta entrar na colônia espiritual de mesmo nome, tentando lubridiar se passando por boazinha, mas para tanto trazia marcado em seu perispírito 53 pontos negros em seu rosto, segundo o mentor de André Luís aqueles pontos seriam de 53 crianças que aquela mulher haveria tirado a vida através do aborto trabalhando como enfermeira no planeta Terra enquanto viva. Bom, não preciso nem dizer que ela não só foi expulsa da entrada de Nosso Lar, mas que foi direto para o Umbral.
    Portanto, não há fuga, como você mesmo postou, essa atitude é um crime e fica marcado por toda uma existência no corpo espiritual de quem o pratica!!!
    Beijinhos!

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  4. LualfaVênus disse:

    Não tenho dúvidas sobre a realidade e opinião sobre a prática do aborto.

    Sou totalmente a favor dos métodos naturais contraceptivos
    (camisinha e coito interrompido na hora da ejaculação),
    da orientação que favorece o controle da natalidade,
    e a importância da educação sexual para a prática do sexo seguro e sadio.
    Sou a favor da adoção de crianças abandonadas
    e a favor do aborto somente em casos de doenças e deformidades fetais
    que expõe a mãe e o bebê ao risco de morte.

    Valeu a reflexão…
    Abraços

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  5. Gregório disse:

    Pela madrugada, me aparece uma aí escrevendo sobre uma suposta estudante de medicina e blá blá blá, que engravida… ora, que fosse um pouco mais decente e não saísse furunfando, levando essa vida devassa.

    Esse é o problema: as pessoas acham que o “moderno” é viver na devassidão, na promiscuidade, na depravação, e depois vem achar que o simples assassinato de um bebê resolve tudo, quanta falta de ética, de consciência e de inteligência.

    Quem não consegue se controlar tem a opção da castração química, ora essa! Já que a carreira ou a vida social insana são tão importantes, há essa opção aí, que é reversível, dessa forma não entrariam em frias, não cometeriam esse crime hediondo e nem se submeteriam a tanta imundície, nojeiras que as pessoas acham que tem obrigação de praticar, para serem “atuais”.

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  6. Miguel disse:

    Foro Íntimo – Assunto para o Eu Interior

    Esta questão levantada pelo Fr. Fabio Luis é fudamental: Quando tem início a vida?
    Será que um vaso de barro sendo preparado no ventre da mulher tem vida?

    O direito afirma que só há vida após o primeiro alento, a primeira inspiração. Se o feto foi extraído e não respirou, não existiu vida. Tanto que não há reflexos deste acontecimento no direito de sucessão. Já uma criança que deu seu primeiro alento e em seguida faleceu, este fato trará consequencias na sucessão.

    Não obstante, o direito protege a vida em potencial que é o nascituro no ventre da mãe.

    As Tradições Místicas parecem acompanhar o direito na definição do início da vida, como bem lembrou Fábio Luis.

    Será que não pode haver maturidade e responsabilidade na decisão daquela pessoa que, mesmo sendo contra o aborto, decide praticá-lo para evitar males que considera maiores?

    Ou vamos concordar com a ICAR e outras religiões que pregam a castidade e o sexo exclusivamente para fins de procriação? Isto é, na constância do relacionamento sexual temos de acolher quantos filhos Deus mandar ou então interromper as relações sexuais. Vejam que nossos avós e bisavós tinham “ninhadas” de 12, 13, até 20 ou mais filhos, justamente por considerarem esta prescrição da Igreja.

    Evidente que um aborto não é uma brincadeira que a pessoa possa fazer como quem toma seu banho diário. Ele é físicamente e psicológicamente prejudicial, não tem como ser a favor dele quando temos tantos meios contraceptivos menos traumáticos, eficazes e preventivos, que só dependem de diligência e responsabilidade.

    Mas, em caso de um sério acidente de percurso, a contragosto meditado, analisado e decidido pelas consciências das pessoas envolvidas, não sei se é procedente classificar tais pessoas como “almas atrasadas”.

    Muitas vezes na vida somos levados a fazer algo que não concordamos ou queremos mas que se demonstrou para nós necessário e estamos sempre pagando o preço destes atos (e tudo tem o seu preço). Almas evoluídas analisam se vale a pena pagar o preço de um ato cometido.

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    1. Moriah disse:

      A gravidez é uma oportunidade de se trazer Luz.

      O aborto não é um assassinato.

      Porém, não é uma banalidade. É, como o Rudy falou, sempre parte de um plano muito maior, muito mais perfeito, adequado, do que o nosso próprio plano. Quando ocorre o aborto, afeta-se o destino de muitas almas.

      Foi muito bem colocado o seu comentário, Miguel!

      Abraços!

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  7. Marina Freund disse:

    Rudy,
    Parabéns pelo seu texto e pela arte que usou para apresentá-lo: a escolha da foto, com aquele lindo bebe com um ar tão interrogativo …
    Sou contra o aborto em qualquer situação e não encontrei em seu escrito nada que contradiga isto. Parabéns, parabéns!
    É uma reflexão muito bela sobre o hedonismo que norteia a vida de muitos, a covardia e falta de garra… e gostei da parte sobre o fato que Deus é um Deus perfeito… Parabéns! Parabéns!

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  8. Moriah disse:

    Nossa, que texto bonito! Gostei muito. Apesar de ser a favor do aborto. ;)

    Acho que vc tem muita razão em tudo o que colocou, especialmente sobre a perfeição do Plano Divino. Também acho que vc colocou de uma forma bonita.

    Só acho que não dá pra generalizar que as consciências são mais ou menos elevadas porque fazem isto ou aquilo. Temos sempre que nos olhar e ver quais são os nossos valores. Em algumas coisas da vida, teremos a consciência mais evoluída, em outras não. E é muito importante isto. Porque é onde vc não é evoluído que estará a alvanca que te impulsiona a se movimentar. É justamente onde não somos evoluídos que reside nossa negatividade, e a função desta negatividade é nos manter em movimento – como vc bem disse – ao trabalharmos para superá-la.

    Adorei!! Bjs!

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  9. Miguel disse:

    Isso é muito, muito, muito complicado…

    Não é algo tão simples assim. Não penso que a maioria das pessoas apoiem o aborto, mesmo aquelas que um dia fizeram um. A maioria fez porque não enxergou alternativa. E quem somos nós para julgar?

    Será que ao utilizar um meio anticonceopcional qualquer para fazer sexo sem o risco de engravidar eu também não estou fazendo a mesma coisa que aquele que aborta? Impedindo a vida? A manifestação da perfeição divina? A ICAR diz que sim. Diz que as duas únicas formas legítimas e corretas de contracepção é a tal da “tabelinha” e a castidade. As demais é pecado.

    Imaginem os seguintes quadros:

    Uma menina de 12 anos estuprada por um bandido aidético fica grávida.

    Uma senhora grávida ficou sabendo que o feto que carrega o ventre nascerá sem cérebro ou com qualquer outra deformação e que nascerá morto ou que ao nascer terá apenas alguns dias ou horas de vida.

    Uma mulher vê pelo ultra-som que seus gêmeos serão siameses, uma aberração com um só corpo e duas cabeças.

    Uma mulher doente do coração engravida sem querer e fica sabendo que tem 90% de chance de falecer no parto.

    Uma estudante do terceiro ano de medicina se descuida, acaba engravidando e agora se vê diante do dilema de ter que se desistir do curso por conta dessa gravidez e da criação do bebê, já que não aceita a idéia de ter que deixá-la numa creche ou com parentes.

    Uma mulher favelada, mãe solteira de 6 filhos, acaba de ficar sabendo que está grávida do sétimo. Os seis e mais ela já passam fome.

    E aí??? Abortar ou não abortar??? Eis a questão.

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  10. GabyRose disse:

    Sabe Rudy, essa questão do aborto eu considero um pouco complicada. Consdidero que deve ser sim uma alternativa em casos de estupro, má formações fetais (por exemplo, um feto acéfalo) e quando há riscos para a mãe. Até bem recentemente eu tinha uma crença muito forte sobre isso, sempre disse que se por um acaso eu ficasse grávida abortaria sem pestanejar pois minha carreira sempre viria em primeiro lugar. Acontece que tive problemas com meu anticoncepcional e tive que trocar e então todo meu ciclo ficou desregulado. Por mais que fosse impossível diante ao efeito hormonal (meu pai é ginecologista, então ele me guia nestes assuntos) entrou na minha cabeça que eu estava grávida. Ao contrário do que sempre pensei, abortar não era nem de perto uma opção. Fiz mil planos alternativos perante a minha carreira e até meu namorado (6 anos já :) se emocionou e dizia que seria o melhor pai do mundo. Claro, como o esperado não estava grávida, mas aqueles poucos momentos me proporcionaram uma das maiores alegrias que eu já tive.
    Pois bem, eu tenho meios, mesmo sem ter terminado a faculdade, de ter uma criança. Sei que teria o apoio da minha família e que mesmo com alguns obstáculos, conseguiria criar um filho em um bom lar. Mas não posso dizer o mesmo da maioria das mulheres.
    Nós vemos lares desestruturados, crianças largadas na rua, vítimas de diversos tipos de abusos, passando fome, e então me pergunto: será que o aborto seria tão ruim? Sim, só me pergunto pois não tenho meios de responder porque realmente hoje eu vejo o milagre da vida e o amor que nós podemos ter por uma criaturinha que um dia virá. É muito triste sabe que muitas pessoas não pensam assim, mães que não tem plena consciência de seus atos e seus filhos pagam por isso. Não sei se o aborto mudaria alguma coisa, provavelmente não.
    Uma coisa que eu acho errado é a pressão que a sociedade coloca em cima da mulher. Engravidou em um “momento” inadequado então a culpa é exclusivamente dela. Ela que sofra por ter sido “galinha” enquanto o homem, por quem ela muitas vezes se submete pelo amor e confiança cega, fica no bem bom. Abandona, talvez pague uma pensão e some.
    É,realmente eu acho complicado. Mas a minha mais singela opinião é que a mulher deve decidir. Ela é quem carrega, ela é quem dá a luz. Ser contra ou a favor não importa muito, pois tudo é lindo na teoria, na prática nem tanto. É claro que um casal que mal tem o que comer e tem um filho só pode ter neurônios a menos (é óbvio que a vida financeira deles será pior) e um aborto neste caso facilitaria a vida deles, mas não mudaria seu modo de pensar.
    E como eu já devaneei muito, vou parar por aqui, porque senão a minha conclusão será o extermínio da humanidade :)
    Como sempre, textos maravilhosos ^^

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  11. Kris di Ravenna disse:

    Revoltas à parte acho que a humanidade tem que parar de procriar por uns dez anos senão…acabou tudo. O filho do vizinho vai papar o teu porque não terá o que comer.
    Beijokas.

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